sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A CAIXA DE PANDORA ESTÁ ABERTA


Pandora inesgotável
Leandro Fortes

15 de outubro de 2010 às 10:41h


Por Leandro Fortes. Fotos: Ana Amara/DN e William Volcov/ AE
Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarti-culação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.

Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco. Guerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.

Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.

A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço -geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.

O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.

Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacional. Flores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.

Segundo Dominga, quando a Qualix estava para receber valores de contrato da Belacap, Badra a obrigava a dar telefonemas “dia e noite”, não sem antes entrar em contato com um doleiro identificado como Faied, para saber quando ele poderia entregar o dinheiro, tanto em dólar quanto em real. De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ou no estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas.

Procurados por CartaCapital, os senadores Maia e Guerra responderam por meio de assessores de imprensa. Guerra, ponta de lança da ofensiva udenista montada pelo PSDB para atacar a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Pernambuco em 3 de outubro. Ele admite ser amigo de Badra há 30 anos, desde que se conheceram em uma exposição agropecuária. Segundo ele, o vídeo apreendido pela PF cir-cula por Brasília desde 2006 e, garante, trata-se de uma armação contra ele e outros políticos. “Entre mim e o Eduardo nunca houve outro relacionamento senão o de amizade, que vai continuar”, avisa.

Maia foi ainda mais econômico com as palavras. Garante não ter nenhuma relação com Badra, de quem só se lembra de ter encontrado, “anos atrás”, para tratar de uma proposta da Qualix para se instalar no Rio Grande do Norte. O senador do DEM afirma ter sido procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o mesmo assunto, mas que estes teriam se desinteressado logo depois de confrontados com a versão apresentada por ele.

Nas redações de Brasília, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra, em abril deste ano, para que a candidatura do tucano não se iniciasse com um escândalo envolvendo o presidente do partido e um líder do principal partido aliado, o DEM. Temiam, os tucanos, uma sinistra repetição da circunstância que, em 2005, derrubou do mesmo cargo o senador Eduardo Azeredo, mentor do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, ao lado do publicitário Marcos Valério de Souza, mais tarde flagrado no mesmo serviço de alimentação de caixa 2 para o PT.

O esquema denunciado pela secretária Dominga é cheio de detalhes e, ainda hoje, surpreende a PF pelo grau de ousadia. As caixas eram colocadas em porta-malas de carros da quadrilha e, em seguida, repassadas pessoalmente por Badra a quem de direito. Nessa empreitada, revelou Dominga, ajudavam outros dois diretores da Qualix, Pedro Gonzales Campoamor, de Brasília, e Roberto Medeiros, de São Paulo. A secretária cita como origem dos recursos duas agências bancárias situadas no Setor Comercial Sul de Brasília, uma do Bradesco, outra do Banco de Brasília (BRB).

De acordo com a investigação da PF, o dinheiro distribuído aos personagens citados no CD, entre os quais brilham Guerra e Maia, apelidados por Dominga de “pessoal da Belacap”, chegou a mais de 300 mil reais. Parte dos pagamentos, segundo a gravação obtida no GDF, ia para personagens identificados como criadores de cavalos registrados na conversa, alguns, como a própria secretária, sem registro de sobrenome. Entre eles, Mário de Andrade, Ana Lúcia Fontes, Ana Lúcia Junqueira e Alberto. Também aparecem nomes sem especificação como Marci Bagarolli, Carlos Junqueira, Gilda, Ana Jatobá, Antonio Clareti Zandonait e Daniel.

A ação da Polícia Federal foi feita de surpresa na residência oficial de Águas Claras, onde Simão mantinha um gabinete pessoal. Ao chegar ao lugar, os agentes verificaram que todas as portas estavam abertas,- inclusive a de acesso ao prédio principal, com exceção daquela do gabinete de Simão. Por volta das 6h30, a PF acionou o serviço de um chaveiro para abrir a porta do auxiliar de Arruda, mas um funcionário anunciou que iria pegar as chaves. Em vão. Nenhuma delas abria a porta do chefe de gabinete. Foi preciso arrombar uma janela para que, então, os federais pudessem entrar no local, por volta das 7 horas.

Às 7h15, segundo relato da PF, a mulher do governador, Flávia Arruda, chegou ao local para tomar conhecimento do mandado de busca e apreensão, mas em seguida foi embora, após informar que não tinha interesse em acompanhar a ação policial. A primeira coisa encontrada pelos agentes foi uma bolsa preta, escondida atrás de uma mesa, com cédulas de reais e dólares. Às 8h50, chegou José Gerardo Grossi, advogado de Arruda, também para verificar os termos do mandado e acompanhar a busca.

A PF decidiu investigar a vida de Simão porque ele foi denunciado pelo ex-secretário distrital de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do chamado “mensalão do DEM”. Em um vídeo entregue ao Ministério Público Federal por Barbosa, ele mantém uma conversa com o representante de empresas de informática Agenor Damasceno Beserra. Os dois tratam de detalhes de uma licitação, estabelecem quem deve ganhar a disputa e como deve ser feito um aditivo de 4 milhões de reais. No diálogo, Beserra confirma ser Simão, chefe de gabinete de Arruda, o principal interessado na liberação do contrato e no aditivo.

De acordo com o relatório da PF, o exe-cutivo Badra mora em São Paulo. Em Brasília, costumava se hospedar em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. Mas, por causa da conversa gravada entre Dominga e o amigo, descobriu-se que ele chegou a alugar uma casa no Lago Sul de Brasília para promover “reuniões mais privadas”. Era lá que Dominga trabalhava. Badra também utilizava um apartamento do diretor da Qualix Pedro Campoamor, no bairro do Sudoeste. Em abril de 2009, relata a PF, a casa de Campoamor foi assaltada, os ladrões levaram 100 mil reais, mas nenhuma ocorrência foi feita na polícia.

CartaCapital teve acesso aos documentos produzidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na semana passada, quando os envolvidos acreditavam que o assunto estava enterrado pela burocracia. A Operação Caixa de Pandora, responsável pela prisão de Arruda e pela exposição do mais explícito espetáculo de corrupção da história do País, graças aos vídeos do delator Durval Barbosa, segue a todo vapor. Desde novembro de 2009, quando o CD de Dominga foi apreendido, um grupo de investigadores da Divisão de Inteligência da PF trabalha nos desdobramentos da operação. Os federais estão de olho, sobretudo, na guerra iniciada, há dez anos, em torno dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal.

A Qualix faz parte desse pacote de investigações. A empresa, terceirizada a partir do governo Roriz, deteve praticamente o monopólio da coleta de lixo do DF entre 2000 e 2006, embora “quarteirizasse” serviços a outras duas empresas, a Nely Transportes e a Construtora Artec, de propriedade de César Lacerda, ex-deputado -distrital do PSDB, ligado à ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia. Candidata derrotada ao Senado nas últimas eleições, Abadia assumiu o governo do DF em junho de 2006, quando Roriz renunciou para se candidatar à mesma Casa. Acabou eleito, mas foi obrigado a renunciar ao mandato para não ser cassado por corrupção.

A rápida passagem de Abadia pelo governo distrital serviu para iniciar a guerra pelo controle dos contratos de lixo na capital federal e nas cidades-satélites. Não é por menos. Na última década, os cofres públicos distritais despejaram mais de 2 bilhões de reais nesses contratos, quase todos suspeitos e cheios de vícios. Abadia, aliada a Roriz, conseguiu quebrar o monopólio da Qualix, defendida pela turma de Arruda e do ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho, deputado federal pelo PPS. Assim, dividiu o bolo do lixo com a Artec e mais duas outras empresas, ambas de Brasília, a Caenge Engenharia e a Valor Ambiental.

Essa partilha contou com a participação de dois representantes do Ministério Público Distrital, os promotores Leonardo Bandarra, então procurador-geral de Justiça, nomeado por José Roberto Arruda, e Deborah Guerner, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em depoimento ao Ministério Público Federal, Barbosa acusou a dupla de ter facilitado a vida das empresas de lixo, além de ter recebido 1,6 milhão de reais para vazar informações, em 2008, sobre ações de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada contra empresas de informática contratadas pelo governo. Em 7 de junho deste ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, por unanimidade, um processo administrativo disciplinar contra Bandarra e Deborah Guerner para investigar o envolvimento de ambos no esquema.

Uma semana depois da decisão do CNPM, a Polícia Federal foi à casa da promotora e descobriu, enterrado no quintal, um cofre com cerca de 300 mil reais. Os agentes saíram ainda com várias caixas com documentos da Caenge Engenharia e da Valor Ambiental, justamente as duas empresas colocadas no esquema por pressão da dupla Abadia-Roriz. Há duas semanas, a PF voltou ao jardim de Deborah Guerner e achou outro cofre enterrado, este recheado de mídias de informática e, para desespero de muita gente, mais CDs com gravações de áudio e vídeo.

À Corregedoria do Ministério Público, Barbosa afirmou ter participado de uma reunião na casa da procuradora, onde estiveram presentes Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octavio Pereira e Bandarra para, justamente, acertar os termos da divisão do contrato do lixo. Embora ainda estejam sob investigação, Bandarra e Deborah Guerner continuam no Ministério Público. A promotora entrou com um pedido de aposentadoria, ainda não deferido, por conta da sindicância aberta pelo órgão.

A partir de 2006, na transição do governo do PSDB de Abadia para o DEM de Arruda, os contratos do lixo passaram a ser renovados emergencialmente, sem licitação a cada seis meses. Somente em junho de 2010 o governo conseguiu finalizar uma nova concorrência. Além da Qualix, participaram os suspeitos de sempre: Construtora Artec, Valor Ambiental, Caenge Engenharia, Nely Transportes e, novata no esquema, a Delta Construções.

De acordo com informações do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos feito pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a vencedora do primeiro lote da licitação realizada neste ano foi a Delta Construções, com o preço de 368,9 milhões de reais. A Qualix ficou em segundo, com 383,1 milhões de reais. A empresa Valor Ambiental foi a ganhadora do segundo lote, com o preço de 210 milhões reais, sete milhões de reais a menos que a segunda colocada, novamente a Qualix, com 217,1 -milhões de reais. No terceiro lote, a vencedora foi a Construtora Artec, com 173 milhões de reais. Em segundo, ficou a Delta, com 174 milhões de reais. Por meio de liminares, a Qualix tem conseguido suspender as contratações do primeiro e terceiro lotes.

De acordo com a assessoria de imprensa da Qualix, a empresa mudou de dono, em junho passado, quando foi comprada pelo fundo privado Arion Capital. No fim de setembro, a empresa se colocou à disposição da Polícia Federal para abrir suas contas e a contabilidade para qualquer investigação. O assessor Paulo Figueiredo informa que a empresa realizou uma ampla auditoria nas contas da gestão passada da Qualix, iniciada em 1998, e não identificou nenhum pagamento ou saída de recursos feita de forma irregular. A decisão de colaborar com a PF veio, justamente, depois de parte da história sobre pagamentos de propinas revelados pela secretária Dominga vazar para a imprensa.
Até junho de 2010, a Qualix pertencia ao grupo argentino Macri, quando entrou em situação pré-falimentar por conta de muitas dívidas.

O Macri chegou a comprometer um terço do faturamento anual da empresa, calculado em 1 bilhão de reais, para pagamentos de faturas de curto prazo a diversos credores. A empresa tem sede em São Paulo e mais 11 filiais em várias capitais brasileiras, algumas com problemas graves. Em agosto, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), encerrou o contrato local com a Qualix pelo fato de a empresa não ter mais condição de colocar a frota de caminhões na rua. O ex-dono da Qualix, Franco Macri, está sob investigação da PF, acusado de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal.



Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros Jornalismo Investigativo, Cayman: o dossiê do medo e Fragmentos da Grande Guerra, entre outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi. http://brasiliaeuvi.wordpress
www.cartacapital.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ERA MENTIRA

No debate da Band Serra afirmou que não conhecia Paulo Preto(Jornal na mão), pelo visto o candidato esquece com facilidade as pessoas.
O que dizer de suas propostas? Em 2004 comprometeu-se publicamente de cumprir o mandato caso fosse eleito prefeito, resumo, renunciou para se candidatar a governador e agora para se candidatar a presidente, ou seja, ele não cumpre com a palavra.

TUCANO BOM DE BICO



Ninguém controla Paulo Preto, disse Alberto Goldman por e-mail
Engenheiro foi acusado por Dilma de ter fugido com R$ 4 milhões da campanha de Serra
Portal Terra
Por meio de um e-mail enviado ao então governador José Serra em novembro de 2009, o seu vice à época, Alberto Goldman, classificou como "vaidoso" e "arrogante" o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Na mensagem, Goldman diz que o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) "fala mais do que deve, sempre". As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo na edição desta quarta-feira (13).

De acordo com a nota, o vice analisava as entrevistas concedidas por Preto e pelo secretário de Transportes Mauro Arce, em razão da queda de uma viga nas obras do Rodoanel. "Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem", escreveu Goldman. Na época, Preto autorizou que as construtoras mantivessem a mesma estratégia de instalação das vigas que desabaram. "Não (...) tenho qualquer poder de barrar ações. Mas tenho o direito, e a obrigação, de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários", afirmou Goldman na ocasião.

Ligação com Serra

Durante o debate promovido pela TV Bandeirantes no último domingo (10), a candidata Dilma Rousseff (PT) perguntou a José Serra (PSDB) o que ele teria a dizer sobre seu assessor que teria fugido com R$ 4 milhões de sua campanha, referindo-se a Paulo Preto. O tucano não respondeu ao questionamento da petista. Em visita à Goiânia na segunda-feira (11), Serra chegou a dizer que não sabia quem era Paulo Preto. "Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando", afirmou.

Porém, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira (12), Paulo Preto cobrou uma posição de Serra. "Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder", disse. Na mesma tarde, em visita à Aparecida (SP), Serra defendeu Preto, dizendo ser "absolutamente falso" o que Dilma disse e que "só sabia que o engenheiro era muito competente e que nunca ouviu nenhuma acusação contra ele".

Ainda na entrevista à Folha, Paulo Preto disse ter sido "o cara desse governo mais bem-sucedido em entrega de empreendimentos". Ele afirmou que o governo nunca pediu para que ele fosse o interlocutor das empresas. "Eu estive com o governador Serra umas dez vezes, ele nunca me pediu nada disso".

Sobre sua relação com o senador Aloysio Nunes, eleito no último dia 3, Paulo confirmou a amizade. "Eu sei que sou amigo dele. E a mim ele sempre deu a demonstração de amizade. Fui com o Aloysio para Brasília, quando ele assumiu a Secretaria Geral da Presidência", contou.

O engenheiro negou ter levantado fundos para campanhas políticas. "Nenhuma vez, para ninguém, nem para o Aloysio". Afirmou ainda nunca ter recebido ou pedido dinheiro de empreiteiros. Questionado se já haviam oferecido a ele, respondeu: "a mim? Não".

Paulo admitiu um interesse em seu trabalho por parte das empreiteiras, ao dizer que entrou na Dersa em 2005, no governo de Geraldo Alckmin, para cuidar das obras na Marginal. "Aí o mercado queria fazer a Marginal - as empresas Andrade, Camargo... precisavam de um profissional", afirmou.
www.jb.com.br Jornal do Brasil 15/10/2010

SERRA É A FAVOR DA UNIÃO CIVIL DE PESSOAS DO MESMO SEXO




São Paulo. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que é a favor da união civil das pessoas do mesmo sexo. No entanto, disse que o casamento é uma questão ligada à religião. "Acho que a questão do casamento propriamente dito está ligada às igrejas. A união em torno dos direitos civis já existe, inclusive na prática no Judiciário. Eu sou a favor do efeito do direito. Outra coisa é o casamento, que tem o componente religioso. Cabe a igreja decidir sua posição", afirmou.

Ontem, ele participou de um fórum das ONGs de combate a Aids em São Paulo, onde assinou um termo de compromisso. Questionado sobre a carta que a adversária Dilma Rousseff (PT) pretende divulgar sobre o aborto, Serra preferiu não responder. "Ela tem os problemas dela. Dilma disse na quarta-feira que se comprometeu a estudar a divulgação de uma carta dizendo que não irá mexer na legislação sobre o aborto e que considera o casamento entre homossexuais uma questão das igrejas.

As questões religiosas, como o aborto e casamento gay, têm pautado o debate eleitoral e foram consideradas um dos motivos que levaram a disputa para o segundo turno.


Diári do Nordeste 15/10/2010

SENSUS APONTA EMPATE TÉCNICO

São Paulo. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 46,8% das intenções de voto, contra 42,7% do tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Os votos brancos, nulos e indecisos somam 10,6%.
Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou menos, a pesquisa aponta empate técnico entre Dilma e Serra, se a petista ficar no limite mínimo dos votos e Serra, no limite máximo.

Segundo a pesquisa, Dilma tem 52,3% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), enquanto Serra tem 47,7% dos válidos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 13 de outubro, em 136 municípios, com a realização de 2.000 entrevistas. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 35.560/2010.

Na pesquisa espontânea, em que o nome dos candidatos não é apresentado aos eleitores, Dilma recebeu 44,5% dos votos e Serra, 40,4%. Os brancos, nulos e indecisos somam 14,6%. O nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda foi lembrado por 0,3% dos eleitores e 0,3% também mencionaram nomes de outros candidatos que não estão na disputa.

O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, ressalva que Dilma mantém a liderança na Região Norte, mas o instituto reúne os dados desses Estados com os da Região Centro-Oeste, onde Serra disparou na frente da petista. Segundo o Sensus, o tucano lidera nas regiões Norte/Centro-Oeste com 45,7% contra 40,7% de Dilma.

Os números são parecidos com os divulgados pela Datafolha sábado passado: Dilma aparece com 62% de intenções de voto contra 31% obtidos por Serra na região Nordeste. Em todas as outras regiões, Serra ficou numericamente à frente, às vezes empatado com Dilma na margem de erro da pesquisa.

Ricardo Guedes, e o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuíram a um "processo de difamação" contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, o aumento da rejeição à candidata. Por causa desse "fenômeno sociológico", o instituto decidiu não fazer prognóstico sobre o resultado final da eleição.

A pesquisa mostrou que 35,4% dos eleitores não votariam em Dilma. No levantamento anterior, esse índice era de 32,6%. Já a rejeição ao candidato Serra, que era de 40,2% caiu para 37,5%.

A pesquisa informa que 72,9% já têm o voto definido para o segundo turno e 22,9% não. Um total de 4,3% disseram não saber ou não responderam se já têm o voto definido e não pretendem mudar essa opção. A intenção de comparecimento às urnas constatou que 92,7% certamente vão votar; 3,9% talvez; e 2,7% não vão votar.
Diário do Nordeste

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A POLÍTICA LOCAL

No ano de 1992 meu pai decidiu que seria candidato a vereador, assim filiado ao PFL, foi candidato apoiando Zé Araújo, na época eu residia em Mossoró e somente nos finais de semana participava da campanha. Depois da eleição retornei para Mossoró e fiquei cerca de 3 anos sem vir a Baraúna. Passamos uma temporada entre Natal e Mossoró e em Janeiro de 1996 o então prefeito Zé Araújo convidou meu pai para retornar à Baraúna, no que fui radicalmente contra,porém, ele retornou, insatisfeito, pois a vinda dele seria para trabalhar na campanha eleitoral daquele ano, passei todo o período da campanha sem vir a Baraúna, após eleito o sucessor de Zé Araújo convidou-o para ser o encarregado de transportes da P.M.B., cargo que ocupou por sete anos. Já em 1998 quando passava por sérias necessidades, ou seja, FOME, como meu irmão já trabalhava aqui vim e agendamos serviços de funilaria/pintura até Janeiro de 1999, ano no qual fixei residência aqui, na campanha eleitoral de 1998 atendendo ao pedido do meu pai votei nos candidatos do prefeito e em 2000 votei no próprio. No ano de 2004 veio a cassação do mandato do prefeito, mesmo assim, optamos em continuar votando nos candidatos do agora ex-prefeito, no caso o candidato de 2004, o senhor Aldivon Nascimento e as razões foram duas: Um convite pessoal do próprio candidato que me foi feito entre os dias 02 e 03 de Julho de 2004 e seguir ao lado do meu pai, todos sabem como terminou a eleição e os desdobramentos que vieram após a posse do prefeito Zé Araújo. Na eleição de 2006 todos que faziam parte do grupo derrotado seguiu com o ex-prefeito, preferi votar nos candidatos de Aldivon.
Quando no ano de 2007 saiu a cassação do mandato do prefeito José Araújo, todos que faziam parte do grupo de 2004 foi convidado para fazer parte da administração, inclusive meu pai, mais eu não, fui até acusado de certo modo por alguns amigos de ser um traidor, só não entendi a razão. No mês de Abril de 2007 fui convidado pelo próprio prefeito, na época já havia passado no concurso do estado. Quando da reeleição do prefeito Aldivon ficamos do seu lado e defendemos a aliança com o ex-prefeito. Agora em 2010 continuamos onde já estavamos desde 2004.
Se alguém mudou de lado não fui eu.

RÁPIDAS

Ontem no debate da Band, o candidato José Serra admitiu que assinou a normatização do aborto, quando era ministro da saúde.

O caldo engrossou no 2º turno, a disputa está acirrada e os ânimos também.


A campanha contra a candidata do PT lembra a campanha anti Lula de 1989.

O "SOBRINHO"

Aprendí que devemos respeitar as pessoas mais jamais ficar amedrontado diante delas.
Existem pessoas que não suportam serem contrariadas, são tão vaidosas que não admitem que pessoas tenha ideias próprias que expressem suas opiniões. Tenho o direito consagrado pela constituição de expressar meu pensamento quer o "sobrinho" goste ou não, como também aprendi a não ter medo de ameaças anônimas.
Sempre tive respeito por seu tio,mas isso nunca significou subserviência a ele ou a quem quer que seja.
Tenho dito a bastante tempo que tenho um dívida de gratidão pelo que seu tio fez pelo meu pai,para sua informação quem cedeu o prédio da rua Francisca Alves não foi seu tio e sim o prefeito anterior a ele, o seu tio, se é que você é mesmo sobrinho seja lá de quem for, somente manteve lá, isso ocorreu no ano de 1996."Sobrinho" não torne as pessoas em inimigas, preste atenção quem mais prejudicou seu tio por via judicial, hoje é aliado dele. Pense nisso.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"...A VERDADE VOS LIBERTARÁ."



CARTA ABERTA À NAÇÃO BRASILEIRA

Na condição de Presidente do Conselho Nacional de Pastores do Brasil – CNPB; Presidente Nacional das Assembléias de Deus Ministério de Madureira; de Deputado Federal e homem de Deus compromissado com a verdade, sinto-me no dever de respeitosamente esclarecer:

1) Com relação à boataria cruel e mentirosa que permeia os meios de comunicação, principalmente a internet com intuito irresponsável de difamar e plantar dúvidas concernente à candidatura de Dilma Rousseff, tenho a dizer que em momento algum a afirmação “nem Cristo impede ...”, saiu dos lábios da senhora Dilma Rousseff, sendo portanto, mera ficção e sórdida mentira da parte desses autores.

2) Em reunião no dia 24 de julho próximo passado, na Sede Nacional das Assembléias de Deus no Brasil em Brasilia-DF, na presença de mais de 3.000 (três mil) pastores e líderes de todos os Estados do Brasil e Distrito Federal e, com a participação de 14 denominações evangélicas mais representativas do segmento religioso do país foi firmado um compromisso público de que todos os temas que envolvam conceitos de fé e princípios ético-religiosos serão sempre de iniciativa do poder legislativo – Congresso Nacional – e nunca por iniciativa do poder executivo; sendo esta candidatura a única a se comprometer de forma expressa e pública com estes princípios. Afirmou inclusive a candidata Dilma Rousseff, ser defensora da valorização da vida, da família e dos seus conceitos fundamentais.

3) Portanto, tudo que passar disso é mera invenção e mentira de pessoas descompromissadas com a verdade.

Reitero neste momento a nossa posição de apoio total e irreversível à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República Federativa do Brasil, com a certeza de que estamos no rumo certo do sucesso, do desenvolvimento, da melhoria de vida das pessoas, da valorização da família, dos princípios éticos cristãos, sendo estes inequivocamente a base para a vitória que todos queremos os quais são defendidos reiteradamente por Dilma Rousseff.

Atenciosamente,
Bispo Doutor Manoel Ferreira

MUDANÇA DE FOCO

Após perceberem que seus objetivos não foram atingidos, ou seja, o candidato deles, ficou em terceiro e a idéia era o primeiro lugar, os hoje adversários de Aldivon/Isoares se agarram agora e somente agora na senadora Rosalba e os votos que ela possui em Baraúna e não é de hoje que os tem, na verdade a tentativa de alavancar meio mundo de votos para o candidato a deputado estadual Gustavo Fernandes falhou e para piorar a situação Wálter Alves deslanchou passando do patamar de 2000 votos, algo muito desejado, mas nem o mais otimista dos babões(essa é boa) imaginaria que isto viesse a acontecer. Para 2012 a eleição de 2010 pode não servir como parâmetro, como explicar que em 2006 com o apoio do então prefeito Zé Araújo o Dep. Betinho Rosado teve pouco mais de 1.800 votos e agora passou de 2000, com o mesmo apoio só que sem o Sr. Zé Araújo está ocupando cargo. Muita conversa fiada vai rolar até 2012, mas a verdade é uma só, Baraúna não é mais aquela e nem o seu povo.
ACORDEM...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AJUDA EM BOA HORA


De onde não se esperava acabou saindo uma ajuda para alavancar votos para a candidatura de Wálter Alves, o blogueiro Edson Barbosa publicou no dia 01 de outubro, uma chapa na qual era manifesta a intenção de voto em determinados candidatos. Confesso que jamais tivemos essa idéia, mas pode ter sido de grande valia. Temos 2011 motivos para acreditar.

AGORA É NÓS, OS SEM VOTO

Marcos Antonio
Jânia Freire
Júnior
Ana Maria
Dinho
Laírton
Fábio Abreu
Chico Carneiro
João Edvan
Niel
Calcino
Ivanaldo
Manezinho
Roldão Rosa
Luis Carlos
Márcia
Eita, estou esquecendo muita gente...mas, o que é que tem?
Agora é nós e em 2012, se Deus quizer também.
Aqueles que esqueci precisam ficar no anonimato.